terça-feira, 31 de agosto de 2010

Luna Echant e seu belíssimo CANTO FÚNEBRE


A vida,
é um ensaio para a morte.
Hão de ser enterrados
no "Grand finale"
todos os dias mortos
e todas as noites vazias,
e as vãs filosofias
que sustentaram
as grandes mentiras.

E haverá comoção
e ranger de dentes
sobre o corpo inerte,
sobre a carne fria.

Livre,
haverá a alma
de espiar ao longe.

Ai de mim, que da vida sou cativa!
Pobre alma, que em mim espera.

(Para quem não sabe, Luna é uma personagem ou um alter ego, não sei ainda, mas vez em quando aparece no Café das Letras. Ora apimentada, ora carregada de morbidez. )

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