Há dias em que só a morte parece fazer sentido.
Não que haja um desejo real em desfazer-se do corpo, ou das penas e dos pesos de se estar vivo, mas uma necessidade tão grande e tão gritante de fechar-se o todo em copas e ser nada mais do que um vulto passado. Deixar-se encerrar sem que as contas sejam feitas, os pesos medidos e as arestas aparadas.
Ser apenas mais um sopro, que cessou num
suspiro último de alívio, ou de dor.
Há dias, em que morrer é mera questão de
cerrar os olhos pois que a alma já fenece
enquanto os dias correm e as noites se
deitam sobre o corpo cansado.
Mas quão difícil se faz cerrar os olhos quando
o corpo, ainda que abatido, insiste em pulsar.
(Ouvindo La Vie en rose... já que pulsa, aproveita pra sonhar)
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Um comentário:
Muito lindoooooooo...como sempre!!!
Abraço
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