Alegria
do amor
do amor
Em tempo de Pentecostes, da presença do Espírito Santo como dom de Deus para a vida do mundo, o Papa Francisco publica mais um documento, uma exortação apostólica pós-sinodal, com o título de “Amoris Laetitia”, sobre o amor na família. É esforço de colocar nas mãos das pessoas os frutos colhidos das discussões que aconteceram durante a realização dos dois Sínodos sobre a família.
Muitos pentecostes já aconteceram na história dos povos. Era a festa da colheita entre os israelitas, momento de muita alegria e de ação de graças, porque simbolizava fartura. Para a liturgia da Igreja, simboliza a descida do Espírito Santo na vida da Igreja. A exortação “alegria do amor” é também expressão de pentecostes para o entendimento da família dentro da nova cultura.
A Igreja tem sentido que vivemos um novo momento do Espírito. Muitas iniciativas estão surgindo, novo modo de ser cristão, trazendo um clima de esperança para um mundo novo. É um novo sopro de vida para alimentar a nova cultura tão desgastada pela mentalidade vazia dos princípios do Evangelho. Espírito que abre os corações para compromissos mais coerentes com a vida cristã.
O Brasil clama por um novo pentecostes. O clima não está bom no cenário nacional. Infelizmente chegamos ao mais profundo do poço. Conforme o livro dos Atos dos Apóstolos, a vinda do Espírito Santo foi o início de novos tempos para a cultura de Israel. É o que se espera do momento brasileiro, fazendo da crise, institucionalizada, uma reviravolta na condução do país de forma honesta.
Pentecostes marca o início de uma nova criação, renovada todo ano no período pascal. Desta vez enriquecida com a atuação do Papa Francisco, legando para toda a sociedade seu modo de ser e suas palavras contidas nos últimos documentos pontifícios. Evangelii Gaudium, Laudato Si, agora a Exortação Amoris Laetitia enriquecem a literatura católica para refletir sobre a história moderna.
O povo brasileiro está enfrentando uma forte tempestade. Foi o que aconteceu com os apóstolos no Mar da Galileia, quando Jesus aparece sobre as águas e é visto como um fantasma. Essa realidade não está sendo repetida no país? Se o deus dinheiro/poder domina a prática das pessoas, o Deus verdadeiro tem sido visto como mero fantasma e não Aquele que orienta o percurso da política.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.
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