quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Dom Paulo Mendes Peixoto e seu FINADOS HOJE


Chegamos a mais uma comemoração do dia de todos os falecidos, com a Celebração de Finados. É oportunidade de lembrança de nossos entes queridos que já foram chamados para a eternidade. Por isto, o nosso povo tem o tradicional costume de visitar os cemitérios para rezar, oferecer flores e demonstrar seu carinho por quem fez parte de sua convivência. É a expressão da marca da saudade. Para os que acreditam, é o passo definitivo para a vida definitiva. A fé cristã nos dá a dimensão da ressurreição, de um caminho sem volta e para sempre no amor de Deus.
A vida, depois de um percurso temporal, passa pela morte chegando à sua plenitude, onde não haverá mais luto, nem clamor e nem dor. Será uma realidade de felicidade total, quase que humanamente incompreensível, porque a vida não termina aqui na terra. A sua dimensão de eternidade é causa dos sentimentos por algo que está além do simples vazio e da realidade da perda.
A pessoa humana é uma totalidade, tanto de espírito quanto de inteligência, tendo o coração como o centro das suas relações. Ali está o dinamismo, o sopro ou a força vital. O “espírito” indica a interioridade consciente, as motivações para a totalidade. O cume de tudo isto está em Deus, isto é, na sabedoria divina.
O Dia de Finados tem uma implicação de fé. É a sua identidade, com base naquela expressão bíblica que diz: “As almas (as vidas) dos justos estão nas mãos de Deus, e nenhum tormento as atingirá”. Com isto ligamos Deus com a justiça praticada pelas pessoas. A eternidade em Deus supõe a prática da justiça na terra.
Os seres sem Deus secam e morrem. Por isto, temos que fazer novas todas as coisas. A fidelidade aos princípios da justiça e do amor leva ao novo céu e à nova terra sem fim, onde não haverá mais hostilidade e injustiça. Numa palavra cristã, o novo proclamado é a santidade.
Visite os seus falecidos, suplicando ao Pai, na certeza da Ressurreição, que gozem da imortalidade, na alegria e na paz. Viva na esperança de uma vida melhor, mesmo tendo que enfrentar situações constrangedoras e de morte. A morte, em Cristo, sempre se transforma em vida.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba.

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