sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, nosso Geraldo Vandré completa hoje 73 anos




Geraldo Vandré, nome artístico de Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, (João Pessoa, 12 de setembro de 1935) é um cantor e compositor brasileiro. Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1951, tendo ingressado na Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Militante estudantil, participou ativamente do Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1966, chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com o sucesso Disparada, interpretada por Jair Rodrigues. A canção arrebatou o primeiro lugar ao lado de A Banda, de Chico Buarque. Em 1968, participou do III Festival Internacional da Canção com Pra não dizer que não falei de flores ou Caminhando. A composição era um hino de resistência contra o governo militar e foi censurada. O Refrão "Vem, vamos embora / Que esperar não é saber / Quem sabe faz a hora, / Não espera acontecer" foi interpretado como uma chamada à luta armada contra os ditadores. O sucesso acabou em segundo lugar no festival, perdendo para Sabiá, de Chico Buarque e Tom Jobim. Simone foi a primeira artista a cantar Pra não dizer que não falei de flores depois do fim da censura, conquistando enorme sucesso de público e crítica. Ainda em 1968, com o AI-5, Vandré foi obrigado a exilar-se. Depois de passar dias escondido na fazenda da viúva de Guimarães Rosa, morto no ano anterior, o compositor partiu para o Chile e, de lá, para a França. Voltou ao Brasil em 1973. Até hoje, vive em São Paulo e compõe. Muitos, porém, acreditam que Vandré tenha enlouquecido por causa de supostas torturas que ele teria sofrido nas mãos dos militares. O músico, no entanto, nega que tenha sido torturado.
Curiosidades: A canção Pra não dizer que não falei de flores foi usada em 2006 pelo Governo Federal para mostrar as suas Políticas de Educação como o ProUni e o ENEM, porém num ritmo diferente. Esse fato chama a atenção porque a música que foi um dos motivos o exílio de Vandré, hoje é cantada por uma propaganda do Governo Brasileiro.

2 comentários:

Unknown disse...

O Brasil é um país sem memória.
Culpa de quem governa pois os idolos verdadeiros são aqueles que trinta quarenta anos depóis de surgirem continuam sendo sucesso.
É o caso de Geraldo Vandré, maior expoente da música popular dos anos de chumbo.
Vive anônimo e desperta curiosidade.
Não faz questão mas ainda é polêmico.

Este é o Brasil que o Brasil não conhece.
Geraldo Vandré um heroi nacional

Anônimo disse...

em 1978 o Dr. Geraldo Pedrosa de Araujo Dias, concede uma entrevista ao folhetim encarte do jornal Folha de São Paulo. Uma entrevista surrealista onde ele trata Geraldo Vandré como uma "marca", palavras dele mesmo, onde trata Vandré como personagem criado para um fim específico, por essa epoca as canções de Vandré mais atuais, para a época, eram fabiana em homenagem a FAB e marina marinha marinheiro
Geraldo Vandré teve papel de suma importância na luta cultural contra a ditadura militar, assim como tantos Heróis Anônimos.
Na canção PEQUENOI CONCERTO QUE FICOU CANÇÃO, ele termina cantando
...Eu vou voltar pra mim, seguir sózinho assim, até me consumir, ou consumir toda essa dor. Até sentir, denovo, o coração capaz de amor...
Voltou então para o Dr. Geraldo Pedrosa de Araujo Dias.
Agradeço a ele pelo que tanto inspirou a outros continuarem lutando, mesmo ele estando no exílio