sexta-feira, 27 de junho de 2008

Nossa Senhora do Perpétuo Socorro























Nossa Senhora do Perpétuo Socorro é um título conferido a Maria, mãe de Jesus, representada em um ícone de estilo bizantino. Na Igreja Ortodoxa é conhecida como Mãe de Deus da Paixão, ou ainda, a Virgem da Paixão. Um ícone célebre é venerado desde 1865 em Roma, na igreja de Santo Afonso, dos redentoristas, na Via Merulana. A tipologia da Mãe de Deus da Paixão está presente no repertório da pintura bizantina desde, no mínimo, o século XII, apesar de rara. No século XV, esta composição que prefigura a paixão de Jesus, é difundida em um grande número de ícones. Andreas Ritzos, pintor grego do século XV, realizou as mais belas pinturas neste tema. Por esta razão, muitos lhe atribuem este tipo iconográfico. Na verdade a tipologia é bizantina, e quase acadêmica a execução do rígido panejamento das vestes; mas é certamente novo o movimento oposto e assustado do menino, de cujo pé lhe cai a sandália, e ainda a comovente ternura do rosto da mãe. O ícone é uma variante do tipo hodigítria cuja representação clássica é Maria em posição frontal, num braço ela porta Jesus que abençoa e, com o outro, o aponta para quem, olha para o quadro, aludindo no gesto à frase “é ele o caminho”. Na representação da Virgem da Paixão, os arcanjos Gabriel e Miguel , na parte superior, de um lado e do outro de Maria, apresentam os instrumentos da paixão. Um dos arcanjos segura a cruz e o outro a lança e a cana com uma esponja na ponta ensopada de vinagre (Jo 19,29). Ao ver estes instrumentos, o menino se assusta e agarra-se à mãe, enquanto uma sandália lhe cai do pé. Sobre as figuras no retrato, estão algumas letras gregas. As letras “IC XC” são a abreviatura do nome “Jesus Cristo” e “MP ØY” são a abreviatura de “Mãe de Deus”. As letras que estão abaixo dos arcanjos correspondem à abreviatura de seus nomes. O ícone da Mãe de Deus da Paixão é muito difundido no Oriente Bizantino. Exemplares desta representação encontram-se nos museus de Atenas, Moscou, Creta, Leningrado e no Instituto Helênico de Estudos Bizantinos e Pós-bizantinos de Veneza. A devoção no Ocidente à Nossa Senhora do Perpétuo Socorro deve-se à ação dos padres Redentoristas que difundiram esta prática religiosa em suas áreas de atuação.

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