quinta-feira, 3 de abril de 2008

Bispo TuTu neste dia em 1985 comandou passeata pedindo a libertação de presos políticos.


"Deus não tem inimigos", disse na Nona Conferência do Conselho Mundial de Igrejas – CMI, o bispo sul-africano Desmond Tutu, Prêmio Nobel da Paz e uma das mais conhecidas figuras do ecumenismo. Ele disse a seguir que, no abraço amoroso de Deus, cabem brancos e negros, bonitos e feios, homens e mulheres, gays e lésbicas, Bush, Saddam Hussein e Bin Laden.




Desmond Mpilo Tutu (Klerksdorp, 7 de outubro de 1931) é um bispo sul-africano da Igreja Anglicana. Freqüentou a Escola Normal de Joahannesburgo e, em 1954, ingressou na Universidade da África do Sul. Depois de trabalhar como professor secundário, ordenou-se sacerdote anglicano em 1960. De 1967 a 1972, estudou teologia na Inglaterra. Em 1975, foi o primeiro negro a ser nomeado deão da catedral de Santa Maria, em Johannesburgo. Após ser sagrado bispo, dirigiu a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se tornou secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul. Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos; abolição das leis que limitavam a circulação dos negros; um sistema educacional comum; e o fim das deportações forçadas de negros. Sua firme posição anti-apartheid – a política oficial de segregação racial – lhe garantiu, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos Estados Unidos (EUA), do Reino Unido e da Alemanha. Em 1996 presidiu a Comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul após a extinção do apartheid. Esta comissão tem poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime. Em 1997 divulgou o relatório final da comissão, que acusa de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano quanto as organizações que lutavam contra o apartheid. É membro do comitê de patrocínio da Coordenação internacional para o Decênio da cultura da não-violência e da paz.

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