O verão começa oficialmente no dia 21 de dezembro, às 14h28, e vai até 13h15 do dia 20 de março, pelo horário de Brasília. A data e a hora do início e fim das estações do ano são determinadas por cálculos dos astrônomos e não dos meteorologistas. Astronomicamente o Hemisfério Sul passa pelo solstício de verão às 14h28 do dia 21 de dezembro, enquanto o Hemisfério Norte passa pelo solstício de inverno.
Climatologicamente as características do verão começaram a ser sentidas no Brasil desde a virada de novembro para dezembro. A organização do corredor de umidade do Norte para as Regiões Centro-Oeste e Sudeste, o estabelecimento da circulação da Alta da Bolívia e a formação da ZCAS - Zona de Convergência do Atlântico Sul - fizeram com que a chuva voltasse a cair forte e volumosa sobre estas Regiões e também sobre parte do Nordeste.
A expectativa sobre o comportamento da chuva e da temperatura é maior em relação ao verão do que nas outras estações. É a chuva do verão que vai garantir o abastecimento de água para o consumo, para a produção agrícola, industrial e de energia hidrelétrica. O calor e o sol do verão movimentam diversos setores da economia.
Situação dos oceanos
A análise da temperatura da água do mar é fundamental para fazer a previsão climática para uma estação.
O oceano Pacífico Equatorial está em La Niña Advisory. Isto quer dizer que a temperatura está abaixo do normal, mas tecnicamente não podemos afirmar que o evento La Niña se configurou. Mesmo sem um La Niña estabelecido, o resfriamento do Pacífico Equatorial terá influência na chuva e na temperatura no Brasil durante o verão 2017/2018 e o efeito é a favor da chuva.
No Atlântico Norte já se observa uma tendência de aquecimento próximo da costa norte do Brasil, o que favorece a aproximação das áreas de instabilidade da ZCIT - Zona de Convergência Intertropical -, que é outro sistema meteorológico típico do verão, como a ZCAS, e importantíssimo para a chuva sobre o Nordeste.
Alguns destaques para o verão 2017/2018
- A maior parte da chuva no Sudeste e no Centro-Oeste ocorrerá principalmente na primeira metade do verão. Risco elevado para enchentes
- Excesso de calor deve ser destaque em fevereiro
- O Sul do Brasil, em média, deve ter chuva abaixo da média, mas não será completamente seco
- Região Norte terá muita chuva neste verão
- Nordeste terá muito calor e pouco chuva, mas áreas produtoras terão chuva suficiente
- Grande pressão para pragas e doenças na agricultura
- Provavelmente teremos uma temporada de muitos mosquitos.
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