Hoje é Dia do Joalheiro
Na Antigüidade, o ouro era considerado um sinal de poder e riqueza, utilizado nos negócios e no financiamento de guerras. Raramente era fundido para a confecção de jóias ou objetos valiosos.
A partir do segundo milênio a.C., o ser humano começou a explorar o ouro.
Na Antiguidade, o ouro era considerado um sinal de poder e riqueza, utilizado nos negócios e no financiamento de guerras. Raramente era fundido para a confecção de joias ou objetos valiosos. Essa técnica só começou a ser utilizada na Europa durante a Idade do Ferro. Nessa época, os ourives - artesãos que trabalhavam com o ouro - produziram belos exemplares de joias e objetos decorativos, que até hoje servem de inspiração aos desenhistas e joalheiros.
Quando as técnicas básicas dos ourives se tornaram mais sofisticadas, surgiu a joalheria. Os mais famosos joalheiros foram os etruscos, que atingiram a perfeição nas técnicas de filigrana e granulação em ouro. Os gregos, durante o período helenístico, se especializaram na arte de modelar figuras humanas para compor brincos, colares e braceletes. Os romanos confeccionaram luxuosas joias em ouro, enriquecidas com esmeraldas, safiras e pérolas brancas.
No Renascimento, eram confeccionadas peças decoradas com esmalte e pedras preciosas de nível artístico elevado. No período Barroco, as joias se tornaram um símbolo de status social. As joias do período Rococó eram mais assimétricas e leves do que as do período anterior. Já no Neoclássico, o desenho das joias era inspirado nos estilos grego e romano.
No século XIX, valiosas joias foram criadas para a corte do imperador Napoleão I e serviram de padrão para toda a Europa. Durante o Romantismo, houve o retorno ao modelo das joias da Antiguidade e do período medieval.
A Revolução Industrial foi marcada pelas inúmeras joias luxuosas feitas com diamantes, sobretudo na década de 1860, depois da descoberta das minas da África do Sul. O caráter da joalheria foi transformado depois dessa descoberta.
No início do século XX, Cartier e Boucheron, famosos joalheiros franceses, criaram um estilo chamado belle èpoque, inspirado no século XVIII. Quase na mesma época, os joalheiros da corrente art nouveau criaram desenhos inspirados na natureza e executados com marfim e chifres de animais. Esse estilo desapareceu com o início da Primeira Guerra Mundial. Em 1918, surgiu o estilo art decó, com seu traço associado ao cubismo, ao abstracionismo e à arquitetura da Bauhaus.
Depois da Segunda Guerra Mundial, as pessoas começaram a comprar joias não só para uso próprio, mas também como investimento. Em meados do século XX, novas ideias, novos conceitos e materiais passaram a ser utilizados pelos desenhistas de joias. Hoje, as pedras sintéticas e o aço estão sendo utilizados em larga escala na joalheria, tornando as joias mais baratas e acessíveis às pessoas de menor poder aquisitivo.
Retirado do livro:'Datas Comemorativas cívicas e históricas', Paulinas Editora.
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