Os Correios do Brasil, em parceria com a Embaixada da Zâmbia, em Brasília, lançaram no último dia 24 de outubro na cidade de Brasília (DF), seis selos que compõem a emissão especial “Série Relações Diplomáticas: Brasil-Zâmbia”.
Esta emissão de selos divulga os “Cinco Grandes” representantes da fauna africana: o Elefante Africano, o Búfalo Africano, o Leão, o Leopardo e o Rinoceronte Preto, assim como as Cataratas Vitória, entre a Zâmbia e o Zimbábue.
Por sua essência universal, a Filatelia brasileira, com o intuito de aproximar as nações, tem buscado divulgar na “Série Relações Diplomáticas” motivos que representem aspectos relevantes das culturas de outros países, com o objetivo de torná-los conhecidos no Brasil e no mundo. A importância desta Série reside na possibilidade de imprimirmos, em nossos selos, os destaques universais que encantam em vários contextos. É o caso da fauna africana.
Sobre os selos: Cinco dos selos mostram animais, conhecidos como os Big Five, típicos da fauna da Zâmbia: Búfalo Africano (Syncerus caffer), Elefante Africano (Loxodonta africana) Leão (Panthera leo), Leopardo (Panthera pardus) e o Rinoceronte Preto (Diceros Bicornis). São apresentados com as características que lhes são inerentes, na savana africana, seu ambiente natural. O sexto selo apresenta uma vista parcial da Victoria Falls, a mais extensa queda d’água do mundo, com 1.708 metros, situada na fronteira entre a Zâmbia (Parque Nacional de Mosi-oa-Tunya) e o Zimbabwe (Parque Nacional das Cataratas Vitória), declarados, em conjunto, em 1989, Patrimônio da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO. Os nomes científicos dos animais estão grafados em micro letras. O design ficou a cargo do artista Álvaro Nunes, que utilizou as técnicas de desenho à grafite, pintura a aquarela e tratamento em computação gráfica.
Foram emitidos 480 mil selos, com valor facial de R$ 1,05 e podem ser adquiridos nas agências e na loja virtual dos Correios (www.correios.com.br/correiosonline).
Elefante Africano (Loxodonta africana)
O Elefante Africano, o maior dos mamíferos terrestres, tem uma expectativa de vida de até 60 anos. Um macho adulto pode crescer até atingir 4 metros na altura dos ombros e pode chegar a pesar até 6.000 kg.
Normalmente vivem em pequenos grupos familiares liderados por fêmeas dominantes ou matriarcais e as manadas geralmente contam entre 2 e 14 elefantes, mas podem expandir-se para a formação de manadas temporárias de até 150 animais. Os elefantes dão à luz filhotes após um período de gestação de 22 meses. Os machos adultos abandonam a manada e, geralmente, preferem viver solitários ou em manadas compostas de elefantes “solteiros”.
Grandes manadas desses magníficos animais podem, hoje, ser vistas e apreciadas na maioria dos parques nacionais e nas áreas de conservação ambiental, sendo comumente encontradas em Kafue, Luangwa e nos ecossistemas do baixo vale do rio Zambezi.
Búfalo Africano (Syncerus caffer)
Trata-se de um animal derivado dos bovinos, com pesados chifres circulares posicionados nas laterais da cabeça. Atingem uma altura de 1,5 metro nos ombros e podem pesar 720 quilos ou mais. São animais altamente sociáveis, que se movimentam em manadas e que chegam, muitas vezes, a uma população superior a 1.000 indivíduos. A maioria dos filhotes nasce no mesmo período, após uma gestação de 350 dias, e seguem seu caminho junto à manada poucas horas após o nascimento. As manadas de búfalo estão entre as inúmeras paisagens espetaculares que podem ser apreciadas nos parques da Zâmbia. Grandes manadas de até 2.000 cabeças podem ser vistas em Kafue, ao norte e ao sul de Langwa e no Baixo Zambezi.
Leopardo (Panthera pardus)
Um grande e potente felino com pintas pretas que se espalham pela cabeça, pelas patas e pelo corpo. Apesar de ser raramente visto, é um animal comum, cuja presença espalha-se por todo o território da Zâmbia. São felinos predominantemente solitários, altamente reservados, e que se camuflam excepcionalmente.
Os leopardos caçam durante a noite e se alimentam de uma grande variedade de presas, mas são capazes de caçar e matar animais muito maiores do que eles. São excelentes escaladores e podem ser vistos com frequência em árvores de copa densa, onde, às vezes, guardam o próprio alimento.
Os machos e as fêmeas ocupam territórios distintos. Os filhotes de leopardo nascem em ninhadas de dois ou três indivíduos, após um período de gestação de aproximadamente 100 dias.
A população de leopardos tem um papel ecológico significativo, que é, dentre outros, o de manter o equilíbrio da população de presas na natureza.
Leão (Panthera leo)
O maior dos felinos africanos. Os leões podem pesar até 200 quilos e podem atingir uma altura de 1,2 metro na altura dos ombros. Os machos são facilmente reconhecidos por sua crina, que pode ter coloração loira, gengibre ou preta.
Os leões são predadores sociais que atacam reunidos em bandos de até 20 indivíduos e costumam caçar uma grande variedade de animais, geralmente em locais abertos.
As leoas dão até seis crias por ninhada durante qualquer estação do ano e o período de gestação é de 110 dias. Após o nascimento, os filhotes permanecem com suas mães durante os 2 primeiros anos de vida, que poderá durar até os 20 anos.
Assim como o leopardo, a população de leões tem um significante papel ecológico na manutenção das populações de presas na natureza.
Estes animais são comuns em Kafue e Luangwa, mas, também, podem ser vistos em outros parques do país.
Rinoceronte Preto (Diceros bicornis)
Trata-se de um mamífero diferenciado, de coloração cinza escuro e com dois chifres posicionados no meio da face, sendo o frontal o mais comprido (até 1 metro). Os machos adultos medem, geralmente, 1,5 metro na altura dos ombros e pesam 1.000 quilos ou mais.
Os rinocerontes são, por essência, animais solitários, que utilizam seus sensíveis lábios superiores para selecionar seus alimentos preferidos: folhagem de árvores, brotos de arbustos, grama e feno.
Os rinocerontes dão à luz uma única cria, que pode nascer em qualquer período do ano após uma gestação de, aproximadamente, 18 meses.
É uma espécie considerada em grande risco de extinção. Alvo da caça ilegal entre os anos 70 e 80, a espécie foi dizimada na maioria dos habitats existentes. Como resultado, a população de rinocerontes pretos chegou a ser declarada extinta na Zâmbia, em 1989.
Em 2003, foi iniciado um programa de reintrodução dos rinocerontes pelo Projeto Conservação de Langwa do Norte, com fundos da Sociedade de Zoologia de Frankfurt. Até agora, o projeto conseguiu estabelecer, com êxito, uma população fundadora de 25 animais que foram reintroduzidos no Parque Nacional de Langwa do Norte. Hoje, esse é o único parque na Zâmbia onde os “Cinco Grandes” podem ser vistos. Também foi introduzida uma pequena manada de cinco rinocerontes brancos no Parque Nacional Mosi-Oa-Tunya, em Livingstone, a capital turística da Zâmbia.
A Zâmbia já foi o lar da maior população de rinocerontes pretos já registrada, que chegava a quase 12.000 indivíduos.
As Cataratas Vitória
As Cataratas Vitória encontram-se a 11 quilômetros de Livingstone, a capital turística da Zâmbia. Situam-se no rio Zambezi, que nasce no Distrito de Mwinilunga, na região noroeste da Zâmbia, e desemboca no oceano Índico. O rio corre pela bacia do Zambezi e atravessa cinco países: Angola, Moçambique, Namíbia, Zâmbia e Zimbábue.
As Cataratas Vitória / Musi-Oa-Tunya são consideradas patrimônio mundial desde dezembro de 1989, sob a categoria III - Monumentos Naturais. Trata-se de um local de extrema significância nacional e universal: uma das 7 maravilhas naturais do mundo. Durante certos períodos, o fluxo de água é intenso a ponto de tornar tudo invisível sob o véu das cachoeiras, enquanto o som de trovão da queda de água pode ser ouvido a milhas de distância. O único modo de se ter uma visão completa das cataratas é de cima.
As Cataratas Vitória, descritas em termos modernos como a maior cortina de quedas de água do mundo, também é conhecida pelo antigo nome “Musi- Oa-Tunya” (ou “Fumaça Trovejante”), como referência às colunas de spray que se erguem centenas de metros no ar e que podem ser vistas a 32 quilômetros de distância.
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