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Dinah Silveira de Queiroz (
São Paulo,
9 de novembro de
1911 —
Rio de Janeiro,
27 de novembro de
1982) foi uma
romancista,
contista e
cronista brasileira. Dinah nasceu na cidade de São Paulo a 9 de novembro de 1911, filha de
Alarico Silveira e Dinorah Ribeiro Silveira e descende de uma linhagem que conta com muitos nomes ilustres nos meios intelectuais brasileiros, tais como: o escritor regionalista
Valdomiro Silveira e o poeta e filólogo
Agenor Silveira (ambos tios de Dinah), o contista e teatrólogo
Miroel Silveira, a novelista
Isa Silveira Leal, o poeta
Cid Silveira, o tradutor
Breno Silveira e o editor
Ênio Silveira (todos primos dela). A escritora, muito jovem ainda, ficou órfã de mãe, indo morar com a tia-avó Zelinda. Dinah e a irmã,
Helena Silveira, estudaram no Colégio Les Oiseaux, onde ambas iniciaram suas atividades como escritoras. Aos dezenove anos, casou-se com o advogado e literato
Narcélio de Queiroz, com quem teve duas filhas: Zelinda e Léa. Sua estréia em livro se deu em 1939 com o premiado romance
Floradas na Serra, que teve enorme êxito entre os leitores. Em comemoração aos 400 anos da fundação de São Paulo, Dinah publicou em 1954 o romance
A Muralha. Este e Floradas na Serra tornaram-se seus trabalhos mais conhecidos e são, até hoje, reeditados. A escritora foi uma das pioneiras no gênero de
ficção científica no Brasil e fez incursões também pelo
gênero fantástico. Em 1961, ficou viúva de seu primeiro marido. Em 1962, foi nomeada Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Madri, na Espanha; pouco tempo depois, casou-se com o diplomata
Dário Moreira de Castro Alves e partiu com o marido para Moscou, na, então,
União Soviética. Nesse período, escrevia crônicas que foram, posteriormente, publicadas no volume
Café da Manhã, de 1969. Em 1964 retorna ao Brasil, mas parte de novo para a Europa em 1966, fixando residência na Itália. Tornou-se a segunda mulher a ocupar uma cadeira (a sétima ocupante da cadeira sete) na
Academia Brasileira de Letras, em sucessão a
Pontes de Miranda, tendo sido recebida em 7 de abril de 1981, mesmo ano da publicação de seu último trabalho, o romance
Guida, Caríssima Guida. Dinah morreu em 27 de novembro de 1982 na cidade do Rio de Janeiro.
ADAPTAÇÕES - Tanto Floradas na Serra como A Muralha ganharam adaptações para o cinema e para a televisão, com muito sucesso.
Floradas na Serra foi filmado em 1953 pelo estúdio
Vera Cruz, com direção do italiano
Luciano Salce e estrelado por
Cacilda Becker e
Jardel Filho. Na televisão, houve duas adaptações. Uma na
TV Cultura, de São Paulo, em 1981, na série “Teleromance”, com
Bete Mendes e
Amaury Alvarez, e a outra no início da década de 1990, na
TV Manchete, com as atuações de
Carolina Ferraz,
Marcos Winter,
Myrian Rios e
Tarcísio Filho. Já
A Muralha foi adaptada para a televisão em três oportunidades: a primeira, em 1961, em uma adaptação simples e sem muitos recursos de
Benjamin Cattan para a
TV Tupi; a segunda adaptação foi de
Ivani Ribeiro, em 1968, para uma superprodução da
TV Excelsior que reuniu todo o elenco de estrelas da casa, na época, e em 2000, quando
Maria Adelaide Amaral fez uma das minisséries mais caras da
TV Globo.
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