domingo, 9 de novembro de 2008

Dinah Silveira de Queiroz, romancista, contista e cronista, segunda mulher a ocupar cadeira na Academia Brasileira de Letras


















Dinah Silveira de Queiroz (São Paulo, 9 de novembro de 1911Rio de Janeiro, 27 de novembro de 1982) foi uma romancista, contista e cronista brasileira. Dinah nasceu na cidade de São Paulo a 9 de novembro de 1911, filha de Alarico Silveira e Dinorah Ribeiro Silveira e descende de uma linhagem que conta com muitos nomes ilustres nos meios intelectuais brasileiros, tais como: o escritor regionalista Valdomiro Silveira e o poeta e filólogo Agenor Silveira (ambos tios de Dinah), o contista e teatrólogo Miroel Silveira, a novelista Isa Silveira Leal, o poeta Cid Silveira, o tradutor Breno Silveira e o editor Ênio Silveira (todos primos dela). A escritora, muito jovem ainda, ficou órfã de mãe, indo morar com a tia-avó Zelinda. Dinah e a irmã, Helena Silveira, estudaram no Colégio Les Oiseaux, onde ambas iniciaram suas atividades como escritoras. Aos dezenove anos, casou-se com o advogado e literato Narcélio de Queiroz, com quem teve duas filhas: Zelinda e Léa. Sua estréia em livro se deu em 1939 com o premiado romance Floradas na Serra, que teve enorme êxito entre os leitores. Em comemoração aos 400 anos da fundação de São Paulo, Dinah publicou em 1954 o romance A Muralha. Este e Floradas na Serra tornaram-se seus trabalhos mais conhecidos e são, até hoje, reeditados. A escritora foi uma das pioneiras no gênero de ficção científica no Brasil e fez incursões também pelo gênero fantástico. Em 1961, ficou viúva de seu primeiro marido. Em 1962, foi nomeada Adido Cultural da Embaixada do Brasil em Madri, na Espanha; pouco tempo depois, casou-se com o diplomata Dário Moreira de Castro Alves e partiu com o marido para Moscou, na, então, União Soviética. Nesse período, escrevia crônicas que foram, posteriormente, publicadas no volume Café da Manhã, de 1969. Em 1964 retorna ao Brasil, mas parte de novo para a Europa em 1966, fixando residência na Itália. Tornou-se a segunda mulher a ocupar uma cadeira (a sétima ocupante da cadeira sete) na Academia Brasileira de Letras, em sucessão a Pontes de Miranda, tendo sido recebida em 7 de abril de 1981, mesmo ano da publicação de seu último trabalho, o romance Guida, Caríssima Guida. Dinah morreu em 27 de novembro de 1982 na cidade do Rio de Janeiro.

ADAPTAÇÕES - Tanto Floradas na Serra como A Muralha ganharam adaptações para o cinema e para a televisão, com muito sucesso. Floradas na Serra foi filmado em 1953 pelo estúdio Vera Cruz, com direção do italiano Luciano Salce e estrelado por Cacilda Becker e Jardel Filho. Na televisão, houve duas adaptações. Uma na TV Cultura, de São Paulo, em 1981, na série “Teleromance”, com Bete Mendes e Amaury Alvarez, e a outra no início da década de 1990, na TV Manchete, com as atuações de Carolina Ferraz, Marcos Winter, Myrian Rios e Tarcísio Filho. Já A Muralha foi adaptada para a televisão em três oportunidades: a primeira, em 1961, em uma adaptação simples e sem muitos recursos de Benjamin Cattan para a TV Tupi; a segunda adaptação foi de Ivani Ribeiro, em 1968, para uma superprodução da TV Excelsior que reuniu todo o elenco de estrelas da casa, na época, e em 2000, quando Maria Adelaide Amaral fez uma das minisséries mais caras da TV Globo.



PRÊMIOS - Dinah Silveira de Queiroz foi laureada com vários prêmios literários. Recebeu em 1940 da Academia Paulista de Letras o Prêmio Antônio de Alcântara Machado pela obra Floradas na Serra. Seu romance Verão dos Infiéis recebeu o prêmio Prefeitura do Distrito Federal, em 1969. Da Academia Brasileira de Letras, Dinah foi agraciada com duas importantes premiações: o Prêmio Afonso Arinos em 1950, pelo volume de contos As Noites do Morro do Encanto e o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, em 1954



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