segunda-feira, 28 de julho de 2008

Há 70 anos foram mortos no Poço Redondo, Virgulino Ferreira da Silva e sua Maria Bonita




Virgulino (ou Virgolino) Ferreira da Silva, vulgo Lampião ou Lampeão (Serra Talhada, estado de Pernambuco, 7 de julho de 1897Poço Redondo, estado de Sergipe, 28 de julho de 1938). Uma das versões a respeito de sua alcunha é que ele modificou um fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião. Lampião foi um dos filhos de José Ferreira dos Santos e quando adolescente, acompanhado por seus irmãos Levino e Antonio, envolveu-se em crimes por questões familiares. José Ferreira era um homem tranquilo. Após várias tentativas que procuravam finalizar a rixa existente entre seus familiares e rivais daqueles, acabou sendo morto pelo delegado de polícia Amarilio Batista e pelo Tenente José Lucena, quando o destacamento procurava por Virgulino, Levino e Antonio, seus filhos. Com o objetivo de vingar a morte do pai, Lampião alistou-se na tropa do cangaceiro Sebastião Pereira, também conhecido como Sinhô Pereira. Sinhô Pereira decidiu deixar o cangaço e passou o comando para Virgulino (Lampião). Sede de vingança, cobiça e concentração do poder que por Sinhô Pereira lhe fora outorgado, levaram Lampião a se tornar um dos bandidos mais procurados e temidos de todos os tempos, no Brasil. Durante as décadas de 1920 e 1930, Lampião e seu bando espalharam o terror pelo nordeste brasileiro. Quando pretendia invadir uma cidade, Lampião enviava à autoridade vigente um pedido de certa quantia em dinheiro. Se a solicitação fosse negada, saqueava e devastava o local. Após suas investidas, Lampião encontrava apoio entre coiteiros, dentre os quais encontravam-se coronéis do sertão, que ofereciam-lhe armas, munições e abrigo em suas terras. Devido a uma informação prestada por um delator à polícia, no dia 28 de julho de 1938, uma volante comandada pelo tenente João Bezerra localizou, matou e decepou as cabeças de Lampião e sua companheira Maria Bonita e de outros nove cangaceiros que se encontravam refugiados na fazenda Angico, município de Poço Redondo, no estado de Sergipe. As cabeças dos cangaceiros ficaram expostas nas escadarias da prefeitura da cidade de Piranhas, no estado de Alagoas. Após, foram encaminhadas à Maceió e depois para o Instituto Nina Rodrigues em Salvador no estado da Bahia, para fins de pesquisa científica. Em 1969 as cabeças daqueles cangaceiros foram enterradas.



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