


Virgulino (ou Virgolino) Ferreira da Silva, vulgo Lampião ou Lampeão (
Serra Talhada, estado de
Pernambuco, 7 de julho de
1897 –
Poço Redondo, estado de
Sergipe, 28 de julho de
1938). Uma das versões a respeito de sua
alcunha é que ele modificou um
fuzil, possibilitando-o a atirar mais rápido, sendo que sua luz lhe dava a aparência de um lampião. Lampião foi um dos filhos de José Ferreira dos Santos e quando adolescente, acompanhado por seus irmãos Levino e Antonio, envolveu-se em
crimes por questões familiares. José Ferreira era um homem tranquilo. Após várias tentativas que procuravam finalizar a
rixa existente entre seus familiares e rivais daqueles, acabou sendo morto pelo delegado de polícia Amarilio Batista e pelo Tenente José Lucena, quando o
destacamento procurava por Virgulino, Levino e Antonio, seus filhos. Com o objetivo de vingar a morte do pai, Lampião alistou-se na tropa do
cangaceiro Sebastião Pereira, também conhecido como
Sinhô Pereira. Sinhô Pereira decidiu deixar o
cangaço e passou o comando para Virgulino (Lampião). Sede de vingança, cobiça e concentração do poder que por Sinhô Pereira lhe fora outorgado, levaram Lampião a se tornar um dos bandidos mais procurados e temidos de todos os tempos, no
Brasil. Durante as décadas de
1920 e
1930, Lampião e seu
bando espalharam o terror pelo
nordeste brasileiro. Quando pretendia invadir uma cidade, Lampião enviava à
autoridade vigente um pedido de certa quantia em dinheiro. Se a solicitação fosse negada, saqueava e devastava o local. Após suas investidas, Lampião encontrava apoio entre coiteiros, dentre os quais encontravam-se coronéis do
sertão, que ofereciam-lhe armas, munições e abrigo em suas terras. Devido a uma informação prestada por um delator à polícia, no dia 28 de julho de 1938, uma volante comandada pelo tenente João Bezerra localizou, matou e decepou as cabeças de Lampião e sua companheira
Maria Bonita e de outros nove cangaceiros que se encontravam refugiados na fazenda
Angico, município de Poço Redondo, no estado de
Sergipe. As cabeças dos cangaceiros ficaram expostas nas escadarias da prefeitura da cidade de Piranhas, no estado de
Alagoas. Após, foram encaminhadas à
Maceió e depois para o Instituto
Nina Rodrigues em
Salvador no estado da
Bahia, para fins de pesquisa científica. Em 1969 as cabeças daqueles cangaceiros foram enterradas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário